INTERNAÇÕES VOLUNTÁRIAS
As drogas ilícitas e também o álcool fazem cada vez mais vítimas ao redor do mundo todo. E uma das medidas mais importantes e acertadas para tratar um dependente químico ou alcoólatra são as internações voluntárias.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química é uma doença que se enquadra em transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas (CID-10 F-19).
Atualmente são mais de 271 milhões de pessoas no mundo que já fizeram uso de algum tipo de droga ilícita. Esse número equivale a quase 6% da população mundial.
Tratando-se de internações, existem três tipos. A internação voluntária, internação involuntária e a internação compulsória.
A internação voluntária é a mais indicada tanto para a família quanto para o dependente químico ou alcoólico. Como o nome já sugere, a internação voluntária é quando o paciente se sujeita a internação por livre e espontânea vontade, o que já pode ser considerado grande avanço para o início tratamento.
Internação voluntária, o melhor caminho.
A internação voluntária deve ser comemorada pela família, pois uma das principais dificuldades em ajudar um dependente alcoólico ou dependente químico é que na grande maioria das vezes não aceitam a internação, o tratamento e até mesmo a condição de estar doente.
Principalmente falando de um dependente alcoólico, a negação é muito comum na maioria dos casos. O alcoólatra pensa que pode parar de beber a qualquer momento e que não necessita de tratamento médico, muito menos internação.
Isso porque a aceitação social pelo consumo de bebida alcoólica é muito grande. Beber não é mal visto pela sociedade em geral. Já não se pode dizer o mesmo para o consumo de drogas ilícitas, mesmo drogas mais “populares” como a maconha, por exemplo.
O apoio da família é essencial
Muitas vezes a própria família não aceita ou entende a condição do alcoólatra ou dependente químico. As doenças podem ser confundidas com desvio de caráter e a situação se agravar cada vez mais sem o tratamento adequado.
Por a negação do dependente ser algo comum, a ajuda da família é essencial. Os familiares devem saber diferenciar um alcoólatra de uma pessoa que bebe demais ou um dependente químico de alguém que fuma maconha de vez em quando.
A grande diferença está justamente na palavra dependência. Quando o indivíduo não consegue mais ficar sem consumir álcool ou qualquer droga ilícita, quando a situação foge do controle e atividades normais como trabalhar, estudar, ou até mesmo alimentar-se ou dormir são negligenciadas ou substituídas pelo consumo de álcool ou drogas este é o momento da família estar alerta e procurar ajuda profissional.
Um dos primeiros passos é procurar conversar com o membro da família dependente químico/alcoólico e expor sua situação e oferecer ajuda para tratar a doença.
Pode ser que na primeira conversa o familiar não aceite o tratamento, mas esse não é motivo para desistir.
Caso o dependente químico/alcoólico aceite ajuda, o próximo passo é procurar uma clínica de recuperação para que a internação seja feita.
Quando o dependente químico/alcoólico aceitar a internação, a família deve agir rapidamente, pois é normal que ele mude de ideia depois de algum tempo.
Quando o paciente aceita ser internado voluntariamente, ele deve se dirigir até a clínica para assinar o pedido formal de sua internação.
Durante e após o tratamento a família também deve continuar apoiando o paciente.
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